Para Chico Sedrez, movimento de alunos na rede social é legítimo.
Estudantes de escola protestaram no Twitter contra preços de cantina.
comentados nesta quarta-feira (Foto: Reprodução)
“Desde o primeiro dia de aula, ficamos indignados com os altos preços da cantina”, explicou Gabriela Meyer Torres, de 17 anos, estudante da 3ª série do Ensino Médio. A Cantina Calu é terceirizada pela escola há cerca de 14 anos.
Nesta quarta-feira (16) pela manhã, o tópico apareceu na terceira posição entre os termos mais comentados no Twitter no Brasil, o que chamou a atenção de usuários de fora do colégio. "Não imaginávamos que uma rede social traria tanta repercussão”, disse a aluna Paula Ragazzi Pauli. Segundo ela, a intenção dos jovens era fazer um protesto silencioso. "Eles testaram a força das redes sociais e viram que dá certo”, disse Chico Sedrez, diretor educacional do Colégio Arquidiocesano.
Como parte da manifestação, os alunos levaram lanche de casa nesta quarta-feira (16) para que a cantina ficasse vazia na hora do intervalo. "Os preços, que já eram caros em 2010, ficaram ainda 'piores'. O pão de queijo está muito caro. Hoje, ele é vendido a R$ 2,30. Se eu vou em uma padaria, eu consigo comprar por R$ 1", disse Beatriz Falcão, de 15 anos.
"As pichações que víamos nos banheiros estão migrando para as redes sociais"
Chico Sedrez, diretor do Colégio Arquidiocesano
O diretor afirmou que as pichações feitas antigamente nos banheiros dos colégios estão migrando para as redes sociais. “Mas tanto a pichação como o Twitter exigem que a gente tenha consciência das consequências", disse Sedrez.
Para ele, esse episódio servirá para que o colégio e as famílias aprendam a lidar com as redes sociais. "Hoje, uma aluna me disse que não podemos esquecer do direito de expressão. Porém, temos que nos expressar com responsabilidade, e é isso que vamos tentar passar para eles agora", completou.
O G1 entrou em contato com a Cantina Calu, que não quis divulgar nenhuma declaração sobre o caso.
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