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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Hackers atacaram sistemas de companhias de petróleo, diz McAfee

Relatório detalha ataques da operação 'Dragão Noturno'.
Empresa acredita em envolvimento chinês.


Plataformas de petróleo foram alvo de ataque hacker (Foto: OneEighteen/Creative Commons/CC BY-NC 2.0)Plataformas de petróleo foram alvo de ataque
hacker (Foto: OneEighteen/CC BY-NC 2.0)
A McAfee divulgou um relatório nesta quinta-feira (10) que explica como hackers invadiram sistemas de companhias de petróleo e gás natural para roubar informações sigilosas. O ataque, chamado pela empresa de “Dragão Noturno”, teria como alvo entre 5 e 12 companhias. Além disso, apresentou pouca sofisticação e teria envolvido ferramentas e indivíduos chineses.
O relatório não fornece o nome das multinacionais envolvidas, mas informa que os indivíduos atacados estão localizadas no Cazaquistão, na Grécia, em Taiwan e nos Estados Unidos. Também não há, no texto, o número de companhias envolvidas. Dmitri Alperovitch, vice-presidente de pesquisa da McAfee, disse ao “New York Times” que empresa confirmou cinco alvos, mas que até 12 empresas podem ter sido atacadas.
O nome das companhias petrolíferas não foi divulgado no relatório. O G1 entrou em contato com a McAfee, que afirmou que não iria revelar os alvos dos ataques. Os ataques ocorrem pelo menos desde 2009, mas podem ter começado em 2007.
China (Foto: Editoria de Arte/G1)
A McAfee acredita que chineses podem ter sido envolvidos. Segundo o relatório, os hackers trabalhavam durante o horário comercial da China e usavam ferramentas predominantemente chinesas. Os servidores que controlavam o ataque estavam localizados nos Estados Unidos e na Holanda. No entanto, no caso dos EUA, eram servidores alugados por um chinês da província de Shandong. Os servidores holandeses usados, por sua vez, foram invadidos e postos a serviço dos hackers.
Sem sofisticação
Ataques direcionados como a Operação Aurora, que atacou o Google e outras empresas, e o Stuxnet, que atingiu usinas iranianas, destacam-se pela sua sofisticação. Evidências sugerem o envolvimento do governo chinês no ataque ao Google e de Israel e dos EUA no ataque ao Irã, mas, nesse caso, a McAfee diz não acreditar em qualquer envolvimento governamental.
Os hackers invadiram as empresas enviando e-mails maliciosos para executivos ou explorando falhas básicas em serviços de internet. Uma vez dentro da rede, eles descobriram como desativar os filtros de acesso à internet e obter o controle total das máquinas usando ferramentas facilmente encontradas na internet.
Hackers assalariados
Apesar de não existirem provas definitivas, a McAfee sugere que os hackers envolvidos estavam trabalhando para uma empresa em Pequim. Os dados roubados eram enviados para endereços IP da China e o ataque ocorria apenas durante o horário comercial, em dias de semana.
A empresa acredita, por isso, que os indivíduos eram funcionários pagos e não freelancers ou ativistas trabalhando de forma independente.

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